E-lixo: para onde vão TVs, vídeos e micros quando morrem?

As telas de plasma chegaram pra ficar e estão tirando das prateleiras e das casas os velhos televisores de tubo cinescópios e monitores de computador. Só este ano, estima-se que as vendas das TVs de tela fina cheguem a dois milhões no Brasil. A questão é: você sabe que fim terão esses aparelhos? Provavelmente o lixo. Hoje, está cada vez mais difícil vender ou trocar tais aparelhos. Por isso, quando o assunto é reciclagem, TVs, telas de PC de plasma ou até mesmo os videocassetes (você ainda tem um desses?), esbarram num problema: como jogá-los fora sem que isso agrida o meio ambiente.
TVs e videocassetes
A decomposição des velhos televisores feitos de metais pesados pode levar de 20 a 450 anos. O problema é que, como os tubos não são recicláveis, eles causam um dano enorme se ficarem jogados nas ruas ou lixões. Em São Paulo, a prefeitura não realiza a reciclagem nem recolhe nenhum produto eletrônico. A Secretaria de Serviços da cidade admitiu para o Vírgula que cabe às empresas realizar um programa para reaproveitar esse material. E, na falta de um esquema oficial de reciclagem, resta à Secretaria aconselhar: se você quiser se desfazer de algum aparelho, troque, venda ou doe, mas nunca largue na rua. Com as empresas, a situação não melhora muito: marcas grandes como Mitsubishi, Philips e Sony não têm um projeto para o "fim" de tais aparelhos. A assessoria de comunicação da Eletros (Associação dos Fabricantes de Produtos Eletrônicos) disse em nota que o setor "tem participado dos debates em torno desses projetos de lei, considerando extremamente importante a definição de procedimentos nesse sentido", mas não informou se, atualmente, alguma empresa recicla esses produtos.
Monitores de computador
O mesmo acontece com os computadores. No Brasil, dez milhões de equipamentos novos chegam às lojas todos os anos e, sem leis que regulamentem o destino do lixo tecnológico, cerca de um milhão de computadores velhos são acrescentados ao meio ambiente todo ano. Segundo a Universidade das Nações Unidas, a fabricação de um computador usa 1,8 tonelada de diversos materiais (240 kg de combustíveis fósseis, 22 kg de produtos químicos e, acredite, 1.500 kg de água – componentes como chips precisam ser lavados várias vezes no processo). Pelos números, você pode imaginar o prejuízo caso esses materiais sejam devolvidos de forma errada à natureza. Entre os problemas está o fato de que ele, literalmente, vale ouro. O metal está presente nos contatos dos microprocessadores, das memórias e da maioria dos circuitos integrados. Além dele, outros metais descartados junto com os monitores são prata, paládio, estanho, gálio, índio, entre outros. Além disso, os mais antigos PCs contêm altas taxas de produtos químicos ou metais pesados que, quando incinerados, lançam gases tóxicos no meio ambiente, aumentando o risco de vazamento dessas toxinas e metais no solo. Para amenizar as consequências do desperdício, a ONU lançou um programa para reciclar produtos eletrônicos. Trata-se do StEP (Solving the E-Waste Problem, ou Resolvendo o problema do E-lixo, visite o site www.step-initiative.org), que estabelece padrões mundiais para a reciclagem de produtos eletrônicos. O CDI (Comitê pela Democratização da Informática), na mesma onda, realiza um trabalho de doação e reciclagem do lixo tecnológico. Uma boa dica dada pelo CDI é sempre ligar na empresa fabricante do seu PC para saber se elas possuem um programa de reciclagem do e-lixo.
O que diz a lei?
No Brasil, apenas os fabricantes e importadores de pilhas e baterias são obrigados por lei a cuidar do lixo eletrônico, por determinação do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama). Desde janeiro deste ano tramita na Câmara o projeto de lei 2061/07, do deputado Carlos Bezerra (PMDB-MT), que estabelece critérios para a reciclagem desses aparelhos. Mas por enquanto, nada de levá-lo ao plenário. Enquanto isso, segundo CDI, o mundo joga fora cerca de 150 milhões de computadores por ano. Nesse ritmo, em breve faltará espaço pra tanto lixo.

Fonte: Portal Vírgula

Comentários

  1. nossa! lá em casa as tv são antigas... sabe aquelas grandes? acho q ela são tão velhas quanto eu (20 anos)..rs pelo menos estão lá desde quando me conheço por gente. e sõa ótimas, tem tv a cabo a imagem é perfeita. n temos pressa p trocar + minha mamy q uma nova quando mudarmos de casa.

    acho q deveriam criar algum projeto p recolhe-las

    aate++++

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