Política: Pesquisas & Realidade



Começaram a ser divulgadas as primeiras pesquisas de intenção de voto nas principais cidades brasileiras. Os pontos principais das pesquisas foram distribuídos em 3 partes, com as seguintes indagações: 1)Qual é seu candidato; 2) Em quem você decididamente não votaria, e 3) Quem você acredita que ganhará as eleições.

Institutos de Pesquisas devidamente reconhecidos e respeitados estão na dianteira das pesquisas eleitorais, na maioria das vezes recomendadas por órgãos de comunicação regionais, ou pelos próprios partidos políticos. Como prevê a legislação eleitoral, toda e qualquer pesquisa de intenção de voto antes de ser divulgada nos meios de comunicação devem ser registradas no Cartório Eleitoral do município correspondente, e os meios de comunicação ao notificarem ao público os resultados devem fazer menção do protocolo de registro da pesquisa no Cartório Eleitoral.

Geralmente as pesquisas são as principais ferramentas de avaliação do início da campanha política por parte dos partidos, que é considerada como um termômetro da arrancada inicial da aceitação dos eleitores dos projetos propostos pelos candidatos pela participação e propaganda dos mesmos nos meios de comunicação. Os resultados ajudam os candidatos a melhorarem seu desempenho frente aos eleitores, porém ainda é muito cedo pra se acreditar que o resultado obtido nas pesquisas também o será nas urnas. E, além disso, muitas outras pesquisas virão ainda.

Nas últimas eleições para prefeito ocorridas em São Carlos, interior de São Paulo (a 233km da capital, atualmente com 218.000 hab.), minha cidade natal e onde resido, os resultados da última pesquisa de intenção de voto chocaram-se frontalmente com os resultados das urnas na apuração. O candidato que segundo a última pesquisa liderava com uma vantagem inatingível sobre os demais, acabou sendo derrotado pelo 3° colocado, assumindo a sua posição no ranking da apuração, o que causou admiração do eleitorado, fato que culminou numa repercussão negativa em cima dos institutos de pesquisas responsáveis pela sondagem dos eleitores. Teria havido falhas no processo de produção da pesquisa, ou alguém estava se utilizando de má fé para se promover?

Seja lá qual for o motivo, faz-se necessário que o eleitor seja um cumpridor do seu direito e dever cívico do voto de forma consciente e responsável. Os resultados das pesquisas por mais bem documentadas que sejam não podem interferir na sua decisão pelo melhor candidato, esteja ele na liderança ou em posição desprivilegiada das intenções, o que vale é o seu caráter e capacidade administrativa para governar a sua cidade, o seu município.

É comum no Brasil ouvirmos declarações de eleitores que resolveram mudar de opção simplesmente por seu candidato estar abaixo de outros nas pesquisas, declarando sua confiança ao líder da pesquisa, e após a apuração das urnas se decepcionarem com o resultado. E quando a decepção é apenas com o resultado ainda está bem, ruim é quando a decepção da população do município é com a administração implantada pelo vencedor, que infelizmente não merecia confiança!

Se você ainda não escolheu o seu candidato, fique atento ao plano de governo e propostas. Se já escolheu, tenha certeza de que de fato seja a melhor opção para sua cidade. Se o seu candidato é o primeiro colocado ou o último nas pesquisas, não se preocupe com isso. O importante é que façamos do nosso voto uma arma para o bem comum, o desenvolvimento, a amenização e solução dos principais problemas sociais dos nossos municípios. Façamos a nossa parte com dedicação, comprometimento, responsabilidade e oração.

“Portanto, daí a cada um o que deveis: a quem tributo, tributo; a quem imposto, imposto; a quem respeito, respeito; a quem honra, honra.” (Romanos 13:7)

Comentários

  1. confesso que nem comecei a correr atrás desse prejuízo. na eleição passada eu votei pela primeira vez e tava louca atrás de comícios e matérias para ler e ter certeza do que eu tava fazendo.

    + n confio nessas pesquisas.. muito suspeitas

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