TUSCA – a maior e mais polêmica festa universitária do pais: mais uma tragédia, e proibição do CORSO para próximas edições marcam encerramento da festa

Estudante é socorrido após
ter a cabeça esmagada por caminhão de bebidas

Infelizmente, como já se esperava, a TUSCA – Taça Universitária de São Carlos mais uma vez fez jús ao título já a muito tempo recebido: a maior, porém mais polêmica festa universitária do país. O saldo da festa pode ser sintetizado nas seguintes expressões: mais de dez mil universitários no cortejo do CORSO na abertura da festa, duas mortes (um jovem estudante teve sua cabeça amassada debaixo do caminhão que distribuía bebidas alcoólicas para maiores e menores de idade e uma idosa atropelada e morta por um estudante sob o efeito de drogas que se negou a prestar socorro deixando a vítima no chão apesar de ter arrastado seu corpo por vários metros), um jovem esfaqueado, danos ao patrimônio público, jovens desmaiados no chão sob o efeito de alto teor de bebidas alcoólicas e outras drogas, jovens sob o efeito de drogas fazendo suas necessidades fisiológicas em frente a residências, escolas e creches desrespeitando crianças, mulheres e idosos (comprovadas por reportagens da imprensa local) e altíssimo volume do som do trio elétrico e palcos dos shows levando as linhas de emergência da polícia militar a registrar centenas de ligações de moradores de bairros da cidade afetados pelos excessos cometidos. 

Ora, o cidadão comum que optou por não participar da festa ou adiou sua participação para o segundo, terceiro, quarto ou último dia de farra para ficar com a família e descansar para enfrentar um dia de trabalho após o nascer do sol do dia seguinte foi lesado em seu direito como cidadão – o som do evento era ouvido por mais de 20 km de distancia do local onde a festa era realizada. Isso porque os organizadores prometeram que dentro da estrutura de organização da festa contariam com a participação de especialistas que controlariam os decibéis a fim de que a população não fosse privada de seu direito ao sossego...

Mas enfim, a festa acabou com o saldo negativo acima e  com a proposição do comando da polícia militar para que o CORSO deixasse de ser realizado nas próximas edições da festa, proposição que sofreu resistência por parte dos organizadores que alegaram que a circulação dos cinco milhões de reais movimentados durante o evento era suficiente para convencer as autoridades de que as atividades não poderiam sofrer detrimento nas próximas edições; foi descartado pelo secretário municipal de planejamento que participou ao vivo da edição de sábado do Jornal da EPTV – afiliada da Rede Globo, mas que foi endossado na segunda-feira a tarde pelo prefeito municipal Oswaldo Barba do PT, que baixou decreto oficial proibindo o CORSO de ser realizado nas próximas edições da festa. Justiça foi feita.

As vezes a melhor alternativa para coibir descasos e excessos deve ser tomada de forma enérgica. A população de São Carlos ganha com a determinação do prefeito, a população ganha, e principalmente nossos jovens estudantes e universitários, que a partir de agora poderão participar da festa sabendo que um risco a mais até então oferecido foi eliminado de uma vez por todas. Quem perde? Os perdedores? Sem dúvida, os organizadores do evento deveriam se envergonhar da decisão do prefeito – houve tempo suficiente e experiência a altura para se coibir eventuais excessos através da conscientização de nossos jovens e de medidas cautelares com foco no controle do consumo de drogas e álcool, que dentre outras formas deveria começar com a proibição taxativa da venda e circulação de drogas e álcool entre menores de idade participantes da festa, investimentos em segurança ostensiva e coibição sem tolerância de drogas ilícitas como maconha, crack e outras, tão comuns durante a realização do evento. Que esse seja o próximo passo, seja por livre e espontânea vontade e determinação dos organizadores ou ainda por imposição decretada por autoridades. São Carlos agradece. A vida agradece.

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