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Mostrando postagens de março, 2011

Orgulho? De que?

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Giul Cavasin “Acabou nosso carnaval / Ninguém ouve cantar canções/ Ninguém passa mais brincando feliz”. É, agora ninguém mais brinca de ser rei ou rainha, menestrel ou jogralesa. Todo mundo abaixa a cabeça diante do peso da realidade. Ninguém mais joga confetes nem serpentinas para dar mais brilho ao baile de carnaval. Todos voltam a reclamar das coisas cotidianas, falar que tudo é culpa do governo, tomar conta da vida alheia... Todos voltam a prestar atenção nas coisas que realmente precisam de atenção. Na quarta-feira, todos voltam ao trabalho, quer estejamos bem ou não. Mas o Brasil só volta mesmo na quinta, com exceção da Bahia, que tem um carnaval por ano e dura o ano todo. Acabado esse samba todo, esse axé, esse funk, entre outros ritmos que se toca nas festas de carnaval, onde fica o nosso orgulho de sermos brasileiros? Pois, claro que o Brasil se orgulha de ser reconhecido mundialmente como “país do carnaval”, “país do futebol”. ...  Talvez também devesse se orgulhar por

O Vaticano e a responsabilização dos judeus pela morte de Cristo

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Jesus é interrogado por Pilatos Uma decisão histórica tomada pelo papa Bento XVI no dia de ontem (03/03) sobre a responsabilidade dos judeus pela morte de Cristo chamou a atenção da comunidade internacional, de cristãos e de judeus ao redor do mundo. Em uma declaração oficial, o Vaticano divulgou em nota que, após reflexão baseada nos textos dos evangelhos, Bento XVI chegou a conclusão de que não há apoio teológico para a responsabilização do povo judeu pela crucificação, sofrimento e morte de Jesus Cristo, tese defendida arduamente pela igreja católica até o ano de 1965, mas que foi totalmente rejeitada agora em texto publicado pelo papa em um documento que será transformado em livro e publicado em 7 idiomas em todo o mundo. Trata-se de um tratado de reflexões sobre vida, sofrimento e paixão de Cristo, e de  acordo com o texto, embora os líderes religiosos da época tenham entregado Cristo a morte, o povo judeu como um todo não pode ser teologicamente responsabilizado pela morte d