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Mostrando postagens de junho, 2015

Censura

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Luiz Cláudio Jubilato Outro dia escrevi sobre a extinção das borboletas nas grandes cidades: um prefeito lá dos Cafundós dos Judas queria me processar, porque não pesquisei sobre o trabalho dos biólogos na sua cidade de cinco mil habitantes, na opinião dele, a megalópole da região, para salvar essas preciosidades. Um vereador fez uma moção de protesto, ovacionada pelos outros três, contra o meu texto. O promotor pediu minha prisão preventiva. Um advogado exigia 100 mil reais por danos morais. As senhoras da uma tal "sociedade protetora dos animais silvestres" me enviaram uma carta, na qual deixavam claro o seu repúdio ao meu texto. Partidários da morte das borboletas, porque tinham medo do "bicho", xingaram minha peçonha. Pensavam também em me exigir uma quantia estratosférica por danos morais. Outro dia me aventurei num texto sobre o fato de os inseticidas pulverizados nas plantações serem "talvez" responsáveis pela morte das abelhas. Uma empresa

O amor nos tempos de Auschwitz

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O polonês Israel Arbeiter passou cinco anos em poder dos alemães. Sobreviveu ao tifo e se fingiu de morto para não ser executado. Nos campos nazistas, perdeu a família - mas achou a mulher de sua vida Adriana Maximiliano e Bernardo Weaver Dentro da fria lógica dos nazistas, que tatuavam números em seus prisioneiros, ele era o A18651. Ela era o A14016. Foi num campo de concentração – Starachowice, na Polônia – que Israel Arbeiter, 81 anos, e Anna Balter, 80, iniciaram uma história de amor que dura até hoje. Ambos judeus e poloneses, eles se conheceram em 1940, enquanto realizavam trabalhos forçados para os alemães. Depois de contrair tifo e sobreviver a uma execução de prisioneiros, Arbeiter ficou escondido no alojamento onde estava sua família. Só não morreu de fome porque Anna, clandestinamente, enviava-lhe pequenas porções de pão. Em 1942, Arbeiter foi separado da família e de Anna e levado para Auschwitz, também na Polônia. Em 1944, foi transferido para outr